Eletroestimulação neuromuscular?
A eletroestimulação neuromuscular, consiste na aplicação de uma corrente elétrica, de  baixa ou média frequência, através de elétrodos colocados sobre a pele, com o objectivo de estimular um determinado músculo. A aplicação de uma corrente elétrica, estimula as contrações musculares e produz movimentos funcionais em indivíduos com doenças neurológicas, promove o fortalecimento muscular, para melhoria do desempenho físico, assim como da estática do corpo.
Para que serve a eletroestimulação?
Os sistemas de eletroestimulação apresentam muitas aplicações, sendo as principais na área da fisioterapia, desporto e estética. Atendendo à sua eficácia, são amplamente utilizados na prevenção, tratamento e manutenção dos diferentes distúrbios neuromusculares, que afetam o ser humano. Apresenta resultados comprovados no controlo da dor, reabilitação e reeducação musculares, redução de espasmos e prevenção de atrofia. É igualmente um facto, que a eletroestimulação melhora a circulação sanguínea e aumenta a flexibilidade dos músculos e articulações, melhorando o alcance, a estética e flexibilidade do corpo. No campo desportivo, actua como agente de desenvolvimento e recuperação dos músculos, quando sujeitos a treinos de força de resistência, como é o caso da musculação.
Aplicada de forma adequada, a eletroestimulação é segura e eficiente para proporcionar padrões de exercícios a pacientes, que são incapazes de realizá-los devido à dor, restrições na amplitude de movimento ou outras disfunções do sistema neuromuscular.
EMS vs. TENS: Quais as diferenças?
A Eletroestimulação Muscular (EMS), é caracterizada pela aplicação de estímulos de baixa tensão (a generalidade dos aparelhos necessita apenas de uma bateria de 9V), com correntes máximas entre os 80 e 100mA e de baixa frequência, tipicamente entre os 10 e os 100Hz. Estes estímulos são direcionados às fibras nervosas motoras dos músculos, de forma a causar contrações musculares, seguidas de relaxamento. A sua aplicação pode ter vários objetivos terapêuticos, como são exemplo: prevenção ou retardamento de atrofia muscular, ajuda à reabilitação em situações de pós-operatório, redução de espasmos musculares, regeneração de articulações e reeducação de músculos com perda da sua capacidade de contração. A SEM, pode também ser utilizada, na vertente desportiva para delinear programas de tonificação e fortificação muscular, aumentar o alcance de movimento dos membros, como consequência do aumento de flexibilidade muscular resultante da aplicação dos estímulos elétricos.
Por sua vez, a Neuroestimulação Elétrica Transcutânea (TENS) tem como objetivo principal o bloqueio de sinais de dor. A principal diferença para um sistema de EMS convencional reside na aplicação dos elétrodos, que são colocados nos pontos nervosos sensitivos dos músculos (e não nos motores, como acontece nos sistemas de EMS), de forma a estimular a produção de endorfinas (os analgésicos naturais do corpo), ajudando, assim, a normalizar a função simpática deste.
A electroestimulação deverá ser evitada nas seguintes situações:
– Pessoas que possuam dispositivos electrónicos, como pacemakers e desfibriladores intracardíacos.
– Pessoas que sofram de epilepsia.
– A estimulação da área abdominal de mulheres gestantes.
– A colocação dos elétrodos nas partes frontais e laterais do pescoço.
– A estimulação da área torácica de pessoas com arritmia cardíaca.
– A estimulação da parte inferior das pernas em caso de trombose venosa ou de obstrução arterial grave (isquemia).
– A estimulação da área abdominal em caso de hérnia abdominal ou inguinal.
– Se tiver quaisquer problemas de saúde específicos, recomenda-se sempre que consulte um profissional da saúde antes de iniciar a eletroestimulação muscular.
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